Em 1982, Cândida Branca-Flor cantava: "ai, ai são trocas baldrocas, altas engenhocas, que eles sabem inventar! /são palavras ocas, faz orelhas mocas, não te deixes enganar!"
Nesse tempo, "eles" eram os rapazes e a mensagem era um aviso para as raparigas. Neste tempo, "eles" são os políticos e a mensagem é um aviso para os portugueses.
Segundo a Agência Financeira, “A imposição de mais meia hora diária de trabalho foi trocada pelas alterações acordadas com os parceiros sociais relativamente «às férias, feriados, alterações nas pontes e no banco de horas», disse fonte oficial do Ministério da Economia. (...) Nas férias, o novo acordo prevê o fim da possibilidade de majoração do período normal de férias até três dias úteis em função da assiduidade, o que limita a 22 o número de dias úteis de férias. Os trabalhadores poderão ainda ter de ser obrigados a gozar um dia de férias para fazer ponte, em caso de feriados à terça ou quinta-feira, se o empregador optar por encerrar total ou parcialmente a empresa. O Governo e os parceiros acordaram ainda a possibilidade de eliminar 3 ou 4 feriados obrigatórios, cujas datas não estão especificadas no documento final. Anteriormente o Governo tinha falado na eliminação de dois feriados religiosos (corpo de Deus e 15 de Agosto) e outros dois civis (5 de Outubro e 1 de Dezembro).” (...) E ainda o Banco de Horas: “individuais e grupais, a acordar entre empregador e trabalhador admite o aumento de até duas horas diárias ao período normal de trabalho, num total de 50 horas semanais e 150 anuais.”
Poi’zé... Sinceramente, entre trabalhar mais meia-hora, diariamente, e ficar sem três dias de férias, anualmente, eu preferia a primeira... porque eu trabalho mais meia-hora, por vezes mais uma hora, diariamente e recebo o mesmo mensalmente! E os três dias extra era uma compensação para quem, de facto, trabalha e não falta porque, sei lá!, discutiu com o namorado e não conseguiu dormir, e não está em condições físicas e psicológicas para trabalhar (p.e., a colegazinha... who else?!)
Resumindo (e baralhando): uma frase que não é minha (mas também não sei de quem é) – no século 20 deram-se direitos aos trabalhadores, no século 21 tiram-se direitos aos trabalhadores. A escravatura aproxima-se silenciosa mas rapidamente...
Nesse tempo, "eles" eram os rapazes e a mensagem era um aviso para as raparigas. Neste tempo, "eles" são os políticos e a mensagem é um aviso para os portugueses.
Segundo a Agência Financeira, “A imposição de mais meia hora diária de trabalho foi trocada pelas alterações acordadas com os parceiros sociais relativamente «às férias, feriados, alterações nas pontes e no banco de horas», disse fonte oficial do Ministério da Economia. (...) Nas férias, o novo acordo prevê o fim da possibilidade de majoração do período normal de férias até três dias úteis em função da assiduidade, o que limita a 22 o número de dias úteis de férias. Os trabalhadores poderão ainda ter de ser obrigados a gozar um dia de férias para fazer ponte, em caso de feriados à terça ou quinta-feira, se o empregador optar por encerrar total ou parcialmente a empresa. O Governo e os parceiros acordaram ainda a possibilidade de eliminar 3 ou 4 feriados obrigatórios, cujas datas não estão especificadas no documento final. Anteriormente o Governo tinha falado na eliminação de dois feriados religiosos (corpo de Deus e 15 de Agosto) e outros dois civis (5 de Outubro e 1 de Dezembro).” (...) E ainda o Banco de Horas: “individuais e grupais, a acordar entre empregador e trabalhador admite o aumento de até duas horas diárias ao período normal de trabalho, num total de 50 horas semanais e 150 anuais.”
Poi’zé... Sinceramente, entre trabalhar mais meia-hora, diariamente, e ficar sem três dias de férias, anualmente, eu preferia a primeira... porque eu trabalho mais meia-hora, por vezes mais uma hora, diariamente e recebo o mesmo mensalmente! E os três dias extra era uma compensação para quem, de facto, trabalha e não falta porque, sei lá!, discutiu com o namorado e não conseguiu dormir, e não está em condições físicas e psicológicas para trabalhar (p.e., a colegazinha... who else?!)
Resumindo (e baralhando): uma frase que não é minha (mas também não sei de quem é) – no século 20 deram-se direitos aos trabalhadores, no século 21 tiram-se direitos aos trabalhadores. A escravatura aproxima-se silenciosa mas rapidamente...
16 comentários:
Ei... que drama-queen! :P
Realmente, entre os 30 minutos diários, e tudo o que está a ser feito, que viessem os 30 minutos... O próximo passo será... férias não pagas (como nos EUA).
Eu cá acho que nunca chegamos à verdadeira democracia! O povo português sempre foi submisso e agora estamos a ver os resultados.
bjokas
Pior que a escravatura, o feudalismo, porque o feudalismo é mais pernicioso visto que se dá a ilusão de que se é livre, mas não é, é-se servo. Porque os escravos, ao contrário do que diz, eram mais bem tratados do que os servos e bem alimentados para render mais, ao passo que o servo era apenas um castigado pelo pecado de nascer.
Eu preferia os 30 minutos... até já os trabalhava...
Beijooo******
É drama: os 3 dias a mais são uma "conquista" recente e que nunca devia ter sido dada, a coisa das pontes já se fazia na prática e francamente o banco de horas faz sentido.
Nestas novas medidas, apenas me chateia o facto de, se o empregador decide fechar para fazer ponte, o empregado tem de gastar um dia de férias... quanto ao resto, nada a apontar (e eu tb já faço horas extra quase todos os dias, não recebo mais por isso).
Bjokas
Não podia estar mais de acordo...
AFLITO: drama ou comédia, a GATA é sempre uma rainha! :-)
THE CROW: os americanos querem ser europeus e os europeus querem ser americanos...!!!
*C*INDERELA: pois, os portugueses foram, são e serão tansos e mansos! :-(
Bjinhauuu!!!
L'ENFANT TERRIBLE: ai que abri a tua caixa de Pandora! :-)
SISSY: para mim é normal trabalhar mais meia hora diária!
Bjinhauuu!!!
ABOBRINHA: os bancários mantêm a regalia dos 3 dias! mas em 'tugaland' uns são filhos, outros são enteados...
ANIRA THE CAT: as 'novas medidas' protegem, obviamente, o patronato!
Bjinhauuu!!!
HIERRA: juntos somos muitos! :-)
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