Ontem fui à clínica buscar o
resultado do último exame. Mas as meninas não explicaram que os quinze dias eram úteis e não as vulgares duas semanas, pelo que voltei com as mãos vazias e o coração
cheio de ansiedade.
Então, vinha eu perdida nos meus
pensamentos quando, em direcção contrária, vinha um jovem africano vestido de
cor-de-rosa com o cabelo pintado de amarelo [certamente o objectivo era louro
mas o resultado foi amarelo], com três pitinhas com ar de putinhas.
O jovem devia ter achado que eu devia me ter desviado [ele pensa que é o Dennis Rodman?!], mas eu não me desviei e ele bateu-me
no ombro e bradou-me “Antão?!”. Eu limitei-me a dizer-lhe “Antão era pastor de ovelhas e tinha um cão
sem orelhas” e segui o meu caminho. Mas ainda ouvi as pitinhas com ar de
putinhas vociferarem “Branca di merda!”
Eu não sou racista nem xenófoba, tenho amigos de cores e credos diferentes, mas não
tolero ‘coitadinhos’!
A maioria dos africanos que vive no país não se integra, nem se interessa, na sociedade portuguesa, sobretudo os jovens – nados e criados no país e com um cartão de cidadão português –, e vivem nas ‘Pequenas Áfricas’ (só comem comida africana, só ouvem música africana, só tem amigos
africanos, etc…) e odeiam Portugal e os Portugueses.
Eu não tenho nenhum complexo de (des)colonização
– nunca estive nem tive família em África –, ninguém obrigou ninguém a vir
viver para Portugal: estão cá porque querem; se não querem, voltem para lá. Mas
se, bem ou mal, vivem em Portugal, adaptem-se, porque são vocês que têm que se
adaptar ao país, e não o país a vocês! E não sejam ingratos nem intolerantes
com um povo e um país que vos acolheu e deu uma oportunidade!
Sim, sou branca, mas no entanto, no
colégio – e por ter apelido ‘estrangeirado’ e ascendência estrangeira –, fui
gozada e descriminada! Mas não sou 'coitadinha'!
Sim, sou branca, mas de merda??? Não!!! Nunca! Jamais!