«Eu quero desaprender, quero não saber,
queria mesmo não saber ler nem escrever
a minha própria língua.
Eu sei lá o que queria!
Não faça caso do meu mau humor de hoje:
a pantera está rabugenta e tem agora,
neste mesmo momento
em que a noite se vai cerrando,
a nostalgia das clareiras das suas florestas
onde a esta mesma hora acordava,
se espreguiçava,
lançava o seu rugido e, de rins flexíveis,
esbelta como uma onda,
lá ia em busca de presa ou de amor...»
"Nostalgia"
Correspondência (1930)
- FLORBELA ESPANCA -