segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Os olhos que nos vêem lá do fundo…
«Nos nossos rostos estavam já os traços deste rosto que o espelho reflete com nitidez humana. Nas nossas vozes, antes de ilusões e desilusões, antes da erosão, estava já esta voz.
É muito fácil esquecermos-nos de quando podíamos ser tudo. Fazíamos escolhas entre o que esperavam e o que não esperavam de nós. À nossa frente, estavam todas as possibilidades, apreciávamos essa distância. Aquilo que já estava definido impedia-nos de muito pouco.
E aconteceu o que as escolhas sempre pressupõem: tivemos de responder por elas e tivemos de viver com elas. O tempo foi marcado por esses dois tempos. Ao responder pelas escolhas que fizemos, fomos tecendo uma longa manta de autojustificações. Primeiro, precisámos de defender as nossas escolhas; depois, precisámos de defender o argumento que usámos para justificá-las; depois, precisámos de defender o argumento que usámos para justificar esse argumento; depois, um longo etc., tão longo que, a partir de certa altura, deixámos de ser capazes de identificar onde começou.
Por outro lado, na passagem dos dias e das estações, ao vivermos com as escolhas que fizemos, fomos-nos convencendo de que éramos apenas aquilo, de que somos apenas isto. Fomos rejeitando possibilidades até deixarmos de considerá-las.
Ainda assim, lá do fundo, há uns olhos que nunca deixaram de nos ver. Interrogam-nos em silêncio, observam-nos com a mesma pureza do seu presente. O brilho que sustentam não se extinguiu, apenas deixámos de reparar nele.
Sem o medo de perder o que julgamos ter alcançado, ainda podemos tudo. Não é fácil voltar a acreditar depois de todos os erros que cometemos e que, por autopreservação, atribuímos à ingratidão do mundo. Ainda assim, ao longo destes anos, o planeta mudou muito menos do que queremos imaginar quando repetimos que não há nada a fazer.
Há tudo a fazer. Esta é a constatação que mais nos desanima porque, debaixo dos gestos e das palavras, temos muito medo. Quando não suportamos sequer considerar esse medo, preferimos negá-lo. No entanto, não é dessa maneira que conseguimos fazê-lo desaparecer.
E assim, lá do fundo, no silêncio a que o tempo os obriga, há esses olhos que continuam a ver-nos. Seguem cada pensamento, respiram sempre que enchemos o peito de ar. No nosso rosto, na nitidez crua e fria deste espelho, estão ainda os traços desses rostos, faces de pele lisa, sem rugas ou cicatrizes. Nesta voz, naquilo que tem de mais limpo, estão ainda essas vozes que quase deixámos de reconhecer.»
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
O peso da tristeza da época mais feliz do ano…
«A solidão, a perda de alguém importante ou a família desavinda podem deixar os sentimentos à flor da pele e fazer daquele que é, para muitos, o período mais alegre do ano um conjunto de dias que só queremos que passem depressa. Esta tristeza tem nome: chama‑se Christmas blues e mexe com a vida de muita gente durante o mês de dezembro.
É um ritual de família e de reencontro, de união e comunhão, de amor, de «ninho». E é isso que torna a época feliz e especial. Mas são estas mesmas razões que também podem torná‑la um dos momentos mais difíceis do ano. Basta que, em vez de amor, haja desavenças. Ou que o «ninho» não exista ou esteja vazio. «Frequentemente, a tristeza, a culpa e a ansiedade sentidas nesta época têm que ver com um desfasamento entre as expetativas que interiorizámos do que deveria ser o Natal – enquanto festa religiosa e de comunhão de afetos – e aquilo que muitas vezes acabamos por vivenciar», diz o psiquiatra João Parente. Durante o resto do ano, tudo isto é mais fácil de ignorar. No Natal, quando as páginas das revistas e os anúncios na televisão se enchem de famílias felizes debaixo do pinheiro e os amigos extravasam todo o entusiasmo com a perspetiva da reunião familiar, toda a felicidade dos outros parece servir apenas para que alguns recordem (ainda) mais o que está em falta nas suas vidas.»
Ilustração de Filipa Viana/Who
Texto [completo] de Sofia Teixeira
[o meu obrigada especial à Vespinha!]
sábado, 19 de dezembro de 2015
Joyeux Anniversaire, Mme. Piaf!
«Edith Piaf, que acumulou amores e tragédia e foi a maior cantora francesa do seu tempo, nasceu há cem anos. Piaf tornou-se a tal ponto um símbolo de Paris que a seguir aos atentados do mês passado a sua música foi usada para homenagear a cidade. Durante um concerto em Estocolmo, Madonna cantou “La Vie En Rose”, e em Los Angeles, numa entrega de prémios musicais, Céline Dion emocionou a audiência com o “Hymne a L’Amour”. Duas das canções mais conhecidas de Piaf, e ambas, ao que consta, relacionadas com casos de amor mal sucedidos. (...) Nessa francesa com 1,42 m, a vida sempre foi o mais importante. Provavelmente, por a sua ter sido tão difícil.»
Texto [completo] de Luís M. Faria em Expresso
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
"wham bam thank you PAM!"
PAMELA ANDERSON foi a mulher escolhida para protagonizar a última Playboy com nudez. Com 48 anos, a "coelhinha" com mais capas (14 no total, a primeira foi em 1989 e ela tinha, então, 22 anos) pediu autorização aos filhos e regressou à Mansão de Hugh Hefner. Para o ensaio com 12 páginas, a actriz foi fotografada por Ellen Von Unwerth e entrevistada por James Franco.
sábado, 12 de dezembro de 2015
Happy Birthday, Mr. Sinatra! (adenda)
O meu pai era um grande fã do Frank Sinatra [em casa conhecido como Tio Frank... "long story"!]. Portanto eu cresci com a música do Frank Sinatra e a única razão pela qual eu casaria (civilmente, claro) seria para 'desfilar' de braço dado com o meu pai ao som de "Once in my life" - a minha canção favorita do Tio Frank. Mas quando o meu pai morreu, o sonho morreu morreu com ele...
Happy Birthday, Mr. Sinatra!
«Se fosse vivo, Frank Sinatra completaria hoje um século de vida. (...) Hoje é dia 12 de Dezembro e isso quer dizer que é dia de acontecimentos importantes. Foi num 12/12 que a Federação Russa declarou a independência da URSS e noutro, bastantes anos antes, que Hitler anunciou a exterminação de judeus que estava já em curso. Falando de coisas menos difíceis, foi também num 12/12 que nasceu a marca Gillette. E foi num 12/12 que nasceu Frank Sinatra, mas não foi um 12 de Dezembro qualquer. Se Frank Sinatra fosse vivo, faria hoje 100 anos e isso é mais que motivo para comemorar (...) Há exactamente 100 anos, nascia num humilde lar em Hoboken, New Jersey, Francis Albert Sinatra, filho de imigrantes italianos. O seu pai era pugilista, analfabeto, o seu avô trabalhava numa fábrica de lápis. Nada que fizesse prever aquilo em que se tornaria anos depois e que seria até hoje, 17 anos depois da sua morte. (...) 25 de Fevereiro de 1995 foi a última vez que Frank Sinatra cantou em público. Para 1200 pessoas que tinham ido a um torneio de golfe em sua homenagem, cantou “The Best is Yet to Come”, frase que viria a ser escolhida para o seu epitáfio. Viveria apenas mais três anos. Francis Albert Sinatra morreu a 14 de Maio de 1998, aos 82 anos. Foram-se os Blue Eyes, A Voz não morrerá nunca.» em Ionline
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
Eagles of Death Metal emotional return to Paris
«The Eagles of Death Metal wept openly as they made a return to the Bataclan theatre, just a month after 90 of their own fans were gunned down in an ISIS-led attack during their concert. The Californian band spent time today standing outside the venue, reading some of the cards and touching tributes left by fans and supporters. The group was playing the venue when the terrorists struck, killing 90 people, including their merchandising manager Nick Alexander, 36.» in Daily Mail
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
"I thought a pussy cat had 9 lives, man!"
Nota de Rodapata: esta é a versão original, em que o LLOYD diz "I miss that pussy" em vez de "I miss that loving"... e, não, ele não fala de nenhum gatinho... até porque, no video, o gato-rapper é o 'representante' do ANDRE 3000!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
"I can't feel my face (…) but I love it"
Hoje fui fazer um tratamento estético facial não-invasivo e, como a tolerância à dor é relativa e varia de pessoa para pessoa, pelo sim pelo não, aplicaram-me anestésico local. Exceptuando o efeito frio nórdico, a sensação que (re)tive foi que podiam dar-me uma estalada que eu não sentia nada!
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
SCOTT WEILAND: 1967/2015
O cantor e compositor norte-americano SCOTT WEILAND (cujo o apelido era KLINE), faleceu ontem, com 48 anos, em Bloomington, Minnesota (E.U.A), de causa desconhecida.
É conhecida a sua luta, há já vários anos, contra o abuso de álcool e drogas (fez reabilitações e, inclusive, foi detido e condenado por compra, posse e consumo de crack e cocaína); no entanto, as autoridades de Bloomington estão a investigar a sua morte, e a Polícia de Bloomington emitiu uma declaração em que informa que: "A 3 de Dezembro, às 20:22 horas [locais], os agentes responderam a um alerta sobre um adulto do sexo masculino sem sinais de vida dentro de veículo; quando chegaram ao local, os agentes confirmaram o óbito".
SCOTT WEILAND, antigo vocalista dos Stone Temple Pilots e dos Velvet Revolver, estava em digressão com a actual banda The Wildabouts. Curiosamente é o segundo membro dos The Wildabouts que falece em 2015: o guitarrista Jeremy Brown faleceu em 30 de Março, com 34 anos, acidentalmente devido intoxicação múltipla de drogas, no dia anterior ao lançamento do album de estreia da banda "Blaster".
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Necomimi
«Show the world what’s really on your mind and impress your friends with some of the most advanced brainwave technology available! Necomimi’s cat-like reactive movements show how interested or relaxed you are in real-time. It’s a fun, quirky addition to parties, cosplay, bachelorette weekends and tailgating at your favorite sporting event. Anytime you want to entertain your friends and family, wear Necomimi! Be one of the first to communicate with brainwaves! Details: Your emotions move the ears. Choose ears that fit your style. Based on safe brainwave tech. Easy to wear and simple to use.» in NECOMIMI
EU QUEROOO!!! eu preciso de umas orelhas para fazer par com a cauda!
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Dia Mundial da Luta contra a Sida
«O Dia Mundial de Luta contra à SIDA foi lançado em 1988 e foi o primeiro dia global dedicado à saúde. É comemorado mundialmente a 1 de Dezembro. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, mais de 30 milhões de pessoas portadoras de VIH em idade activa ainda lidam com elevados níveis de discriminação, o que limita ou impede o seu acesso ao emprego. Acabar com a discriminação contra os portadores de VIH no local de trabalho enquadra-se no mote “Chegar a Zero”, tema dos Dias Mundiais de Luta Contra a Sida de 2011 a 2015.» em Raiz Editora (Página do Facebook)
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