segunda-feira, 19 de outubro de 2009

GATA al borde de un ataque de nervios *

* adaptação de "Mujeres al borde de un ataque de nervios" de Pedro Almodovar


Eu era uma bomba-andante, pronta a detonar, só faltava alguém que accionasse o detonador, e ‘alguém’ foi uma bácorazinha de uma farmacêuticazinha, uma put@ de merd@ que, como diz a canção Cell Block Tango no musical Chicago, "had it coming!"

E quando ela começou a embirrar, eu comecei a alucinar: tentei relaxar, relativizar, contar até dez em alemão... Mas, de repente, deixei de ouvir, fiquei apenas a ver -em câmara lenta- a bácorazinha da farmacêuticazinha a abrir e fechar a boca...

E Bastet virou Sekhmet: DÊ-ME A RECEITA E SAIA-ME DA FRENTE! (a bácorazinha da farmacêuticazinha ainda grunhiu...) E VÁ À MERDA E NÃO VOLTE! E saí da farmácia mais rápida que a sombra do Lucky Luke.

Não me lembro do caminho até casa... Apenas me lembro que entrei no meu edifício, sentei-me nas escadas e desatei a chorar. Depois, com os olhos inchados e negros (não há maquilhagem que resista a uma enxurragda de lágrimas!), telefonei ao meu médico.

Conclusão: meses a ouvir e a calar (ai tanta coisa que diria a tanta gente!) + a trabalhar muito e a descansar pouco (e a ganhar o mesmo!) + problemas pessoais e laborais = esgotamento!

Na teoria estaria a descansar. Na prática estou e estarei a trabalhar até Dezembro porque, ainda que não seja insubstituível, sou necessária. Portanto, como diz o Sargento Barnes no filme Platoon, "shut up and take the pain!"