Eu padeço de dor crónica, não é uma doença que se ‘veja’, logo não é uma doença ‘a sério’.
A maioria das pessoas não sabe – nem quer saber! – que “a dor crónica afecta cerca de 36% da população adulta em Portugal, com consequências no seu bem-estar, saúde, capacidade de trabalhar e realizar as actividades do quotidiano”. “Aproximadamente 50% dos indivíduos com dor crónica referem que a dor afecta de forma moderada ou grave as suas actividades domésticas e laborais, 4% perderam o emprego, 13% obtiveram reforma antecipada e a 17% foi feito o diagnóstico de depressão”.*
Há dias em que custa, e muito, viver.
Na minha vida laboral, o problema não é considerado, pelo que tenho que dar mais e melhor que os restantes. Na minha vida pessoal, o problema não é entendido, até porque eu faço tudo (desde as limpezas às compras) mas somente porque não tenho quem faça por mim.
A dor crónica não mata… mas vai matando.
* Fonte: Pfizer