segunda-feira, 28 de maio de 2012

…olhos que não vêem, coração que não sente…

Eu padeço de dor crónica, não é uma doença que se ‘veja’, logo não é uma doença ‘a sério’.

A maioria das pessoas não sabe – nem quer saber! – que “a dor crónica afecta cerca de 36% da população adulta em Portugal, com consequências no seu bem-estar, saúde, capacidade de trabalhar e realizar as actividades do quotidiano”. “Aproximadamente 50% dos indivíduos com dor crónica referem que a dor afecta de forma moderada ou grave as suas actividades domésticas e laborais, 4% perderam o emprego, 13% obtiveram reforma antecipada e a 17% foi feito o diagnóstico de depressão”.*

Há dias em que custa, e muito, viver. 

Na minha vida laboral, o problema não é considerado, pelo que tenho que dar mais e melhor que os restantes. Na minha vida pessoal, o problema não é entendido, até porque eu faço tudo (desde as limpezas às compras) mas somente porque não tenho quem faça por mim.

A dor crónica não mata… mas vai matando.

* Fonte: Pfizer