"Lá porque ando em baixo agora
não me neguem vossa estima
Que os alcatruzes da nora
quando chora
não andam sempre por cima
Rir da gente ninguém pode
se o azar nos amofina
Pois se Deus não nos acode
não há roda que mais rode
que a roda da má sina
Sabe-se lá
quando a sorte é boa ou má
Sabe-se lá
amanhã o que virá
Breve desfaz-se
uma vida honrada e boa
Ninguém sabe quando nasce
pró que nasce uma pessoa
Preciso é ser-se forte
ser-se forte e não ter medo
Porque na verdade a sorte
como a morte
chega sempre tarde ou cedo
Ninguém foge ao seu destino
nem para o que está guardado
Pois por um condão divino
há quem nasça pequenino
pra cumprir um grande fado
Sabe-se lá
quando a sorte é boa ou má
Sabe-se lá
amanhã o que virá
Breve desfaz-se
uma vida honrada e boa
Ninguém sabe quando nasce
pró que nasce uma pessoa"
(AMÁLIA - "sabe-se lá")