Por Frederico Pinheiro, SOL, 01/04/2011
Os trabalhadores da CP - que hoje [1 de Abril] estão mais uma vez em greve, nomeadamente, contra os cortes salariais -, têm vencimentos anuais muito acima da média portuguesa. De acordo com a folha salarial da CP a que o SOL teve acesso, um inspector-chefe de tracção recebe 52,3 mil euros, há maquinistas com salários superiores a 40 mil euros e operadores de revisão e venda com remunerações que ultrapassam os 30 mil euros por ano.No total, os trabalhadores da CP dispõem de 195 itens que contribuem para engordar a sua remuneração variável no final do ano. O número atípico de apoios, ajudas e subsídios tem contribuído para que a empresa engrosse a factura com remunerações. Em 2009 foi de 104,5 milhões de euros anuais (segundo os últimos dados disponíveis).«O salário dos maquinistas, por exemplo, engloba abonos de produção, subsídios fiscais, ajudas de custo e subsídio de agente único», explica fonte oficial da empresa pública. «Só por se apresentar ao trabalho, cada maquinista recebe mais de seis euros por dia, devido ao subsídio de assiduidade».Os diversos subsídios são resultado das negociações entre as várias administrações que têm passado pela empresa e os sindicatos de trabalhadores ao longo dos anos. Ao todo, representam mais de metade - 54,3% - dos encargos totais com salários.Apenas em subsídios de condução, a CP gasta cerca de quatro milhões de euros, aos quais se juntam 2,4 milhões de euros em prémios de condução e 3,3 milhões de euros em prémios de chefia.
«O tempo médio de escala dos maquinistas é de oito horas por dia, num total de 40 horas semanais. Mas, em média, o tempo de condução está entre as três e as quatro horas diárias», sublinha a mesma fonte.Já as diuturnidades (subsídio por antiguidade) custam 3,3 milhões de euros à empresa e os gastos o pagamento por trabalho em dias de descanso não compensados ascendem aos 4,5 milhões de euros.Os trabalhadores da CP estão em greve às horas extraordinárias até ao final de Abril, devido ao anúncio de 815 despedimentos no grupo e aos cortes salariais exigidos pelo Governo. A CP prevê «fortes perturbações» na circulação de comboios, durante o dia de hoje.
«O tempo médio de escala dos maquinistas é de oito horas por dia, num total de 40 horas semanais. Mas, em média, o tempo de condução está entre as três e as quatro horas diárias», sublinha a mesma fonte.Já as diuturnidades (subsídio por antiguidade) custam 3,3 milhões de euros à empresa e os gastos o pagamento por trabalho em dias de descanso não compensados ascendem aos 4,5 milhões de euros.Os trabalhadores da CP estão em greve às horas extraordinárias até ao final de Abril, devido ao anúncio de 815 despedimentos no grupo e aos cortes salariais exigidos pelo Governo. A CP prevê «fortes perturbações» na circulação de comboios, durante o dia de hoje.
Depois de ler a notícia no blog da HIERRA, decidi também publicar no meu blog para denunciar uma situação escandalosa e vergonhosa!
Os maquinistas não têm um curso superior (não andaram a cansar -e quase a matar!- o Tico e o Teco, como eu ou como a Hierra), falam somente português e mal (eu sou bilingue e ainda sei mais três idiomas), e no entanto eu preciso de trabalhar dois anos para ganhar o que os 'meninos' ganham em um ano!
Eu não tenho "abonos de produção, subsídios fiscais, ajudas de custo e subsídio de agente único"! Eu não ganho 6 euros/dia "só por me apresentar ao trabalho, devido ao subsídio de assiduidade"! Na teoria também trabalho 40 horas semanais, mas na prática trabalho muito mais! Especialmente nos dias em que os 'meninos' fazem greve, em que entro mais cedo e saio mais tarde para evitar as confusões!
Mas agora percebo, finalmente, duas coisas. Primeiro, o porquês das greves: os 'meninos' têm medo, muito medo, que se acabe a 'mama'. Segundo: com estes salários e estes subsídios não admira que a empresa esteja 'à beira' da falência!
Eu não tenho "abonos de produção, subsídios fiscais, ajudas de custo e subsídio de agente único"! Eu não ganho 6 euros/dia "só por me apresentar ao trabalho, devido ao subsídio de assiduidade"! Na teoria também trabalho 40 horas semanais, mas na prática trabalho muito mais! Especialmente nos dias em que os 'meninos' fazem greve, em que entro mais cedo e saio mais tarde para evitar as confusões!
Mas agora percebo, finalmente, duas coisas. Primeiro, o porquês das greves: os 'meninos' têm medo, muito medo, que se acabe a 'mama'. Segundo: com estes salários e estes subsídios não admira que a empresa esteja 'à beira' da falência!
15 comentários:
Reconhece, fizeste a opção de carreira errada! E isto incluí a passagem pela faculdade e a aprendizagem de línguas! Devias ter pedido ao Pai Natal um daqueles comboios eléctritos e deixado de parte os restantes brinquedos!
:o
f0d@-se!!!
Contra a CP marchar, marchar!
É gozar com quem trabalha...
Estou chocada.
Já tinha ficado quando foram as greves dos enfermeiros (que ninguém neste país se atrevesse a ficar doente porque isto andava a pdl) que começam carreiras a ganhar 1200euros. Mas estas...gentes têm a distinta lata de andar a lixar o povão, a obrigar todos os utentes a gastar imenso dinheiro em transportes alternativos para terem mais do que ja têm a mais.
(não perdem pela demora, cheira-me)
Eu também li essa notícia... eu acho é que o pessoal que anda de comboio e de metro havia de fazer de greve... não o contrário!
Beijooo****
realmente errei na carreira!
L'ENFANT TERRIBLE: eu reconheço que fiz a opção de carreira errada!
Mas deixa-me dizer-te que eu, como (ex) católica, fazia pedidos ao Menino Jesus e não ao Pai Natal!
*PÉROLA*: poi'zé...
HIERRA: pelos comboios, a circular, lutar!!! :-)
DUDU: é gozar com quem trabalha... muito e ganha pouco, tem que pagar 'passe' e depois ainda tem que gastar dinheiro em transporte alternativo!!!
MNEMÓSINE: não estou chocada, estou revoltada!!!
A culpa é da m*rda dos sindicatos, que confundem o PEC com o PREC...!!!
SISSY: sem dúvida, mas é difícil, muito difícil...
Bjinhauuu!!!
*C*INDERELA: bem-vinda a bordo! :-)
Ponham um preservativo nas orelhas. O tipo que disse “juventude rasca” enganou-se no juventude e não no rasca.
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