No seguimento deste post…
A primeira opção – um lar – está fora de questão, porque não há dinheiro, é a verdade pura e dura. A segunda opção – uma senhora 8 horas/dia e 5 dias/semana – até estava em consideração,
mas já não está!
Finalmente encontrei uma senhora e entrevistei a dita… MAS…
Primeiro, “não trabalho por menos de 750 euros/mês!” Errr… Mas a
senhora tem uma licenciatura em geriatria? Não … Ah, mas eu tenho uma amiga com
uma licenciatura que ganha 500 euros/mês – e sujeitos a descontos – e trabalha cerca
de 10 horas/ dia e com contratos mensais!
Segundo: “trabalho de segunda a sexta-feira, das 9:00 às 14:00 horas, horas
extra são pagas à parte.” Pois, na teoria o meu horário é das 9:00 às 17:00
horas mas... na prática o meu trabalho é das 8:00 às 18:00 ou 19:00 horas, e nunca
recebi horas extra!
Terceiro, “não sou mulher da limpeza!” Bem, não é vergonha ser mulher nem fazer limpeza, portanto não percebo a afirmação... Mas, então, a senhora faz O QUÊ durante o
período de trabalho??? É que para a senhora fazer companhia e eu fazer a limpeza,
então a velhota paga os 750 euros a mim!
Resumindo & Baralhando: fica tudo na mesma – o Serviço
de Apoio Domiciliário, que inclui uma refeição diária de segunda a sexta-feira, e também cuidados básicos de higiene
pessoal e habitacional. [no último caso, uma vez por mês, a mulher-a-dias da velhota faz a limpeza
geral habitacional, é um custo extra mas é um valor aceitável e a casa fica apresentável.]
Ai
a mentalidade tuga, o pobre que acha que é rico – e fino!, com tantos licenciados que estão no desemprego, ou que trabalham em call-center ou centros comerciais, é uma
estupidez que alguém que tem o ensino básico e que iria cuidar de uma pessoa idosa, autónoma para a idade, e iria cuidar também de uma casa, fosse de uma altivez...
16 comentários:
É muito complicado arranjar alguém para esse tipo de trabalho. E normalmente há sempre problemas com as pessoas que se vão arranjando... Definitivamente, este país não é para velhos!
essas devem achar-se as damas de companhia das cortes, só lá estão para enfeitar xD
Pergunto-me se tentaste contratar alguém para cuidar de uma pessoa ou um mercenário!
Que chatice... Realmente é um trabalho muito específico em que não é qualquer pessoa que serve para o lugar :\
Tenho Licenciatura e Pós Graduação, e se me pagares 600€ por mês, cuido da senhora, limpo a casa e até passo a ferro, tudo sem altivez e sem parentes na lama. Feito?! ;))
bjs
O que mais há é gente dessa :)
Essa devia viver em Downtown Abbey e vestir e pentear uma das madames, só pode...
SMELLY CAT: ...este país não é para velhos nem para novos!!!
LOGAN: mas para 'enfeitar', então estou eu, que até sou gira! :-)
L'ENFANT TERRIBLE: uma típica tuga chica-esperta!
A BOMBOCA MAIS GOSTOSA: a maioria das pessoas apenas pensa nos direitos, não pensa nos deveres, exigir é fácil, fazer - sobretudo saber fazer! - é difícil...
MARIA: eu fiz, até agora, tudo (e mais alguma coisa) a custo zero! :-)
Bjinhauuu!!!
HIERRA: a pequenez da gente com a mania da grandeza...
GAJA MARIA: mas em Downtown Abbey... life ain't easy! :-)
Ai Gata estou a passar exactamente pela mesma situação. Num país de reformas de 400€, um lar decente custa para lá de 1200€. Não faz qualquer sentido. E eu que (antes de exercer a minha "nova" profissão de jornalista) trabalhei na Segurança Social e sei a vergonha que isto é. Quando à SCM, eles não têm forma de dar resposta aos pedidos de ajuda que recebem por dia às dezenas. É muito complicado. Mas neste exacto momento, vejo-me exactamente com o mesmo problema. A velhota não está em condições de ficar sozinha, neste momento está em minha casa, eu durmo no sofá para ela ficar com o meu quarto, e durante o dia está no Centro de Dia. Mas está a tornar-se insustentável viver assim... E com uma reforma de 400€, a Segurança Social diz-me que tenho de ser eu a colocar o resto para o lar, ou seja, mais 1000€. Teria de receber uns 2000€ para poder pagar a minha vida e pagar mais um lar. É totalmente irreal mas o que se pode fazer?
HELEN BERRY: ...há muitos anos eu tive um director que, um dia, disse para a sua secretária - "não me arranje problemas, arranje soluções!" Eu estava no meu gabinete e não era tida nem achada no assunto, mas a frase ficou marcada a ferro e fogo na pele da minha alma!
Perante certas situações apetece-me gritar aos sete ventos e aos sete mares - "NÃO ME ARRANJEM PROBLEMAS, ARRANJEM-ME SOLUÇÕES!" A burocracia é uma doença crónica da e na nossa sociedade, que ninguém quer tratar e muito menos erradicar!
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